O Município da Batalha procedeu à encomenda de 90 computadores com acesso à internet para que todos os alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha - sem acesso a computador ou internet - acompanhem o ensino à distância, nos termos definidos pela Escola e pelo Ministério da Educação.

Há 82 crianças e jovens sem computador ou tablet com acesso à internet, segundo os dados recolhidos pelo Agrupamento de Escolas da Batalha, depois de um levantamento exaustivo das necessidades dos alunos que frequentam os estabelecimentos de ensino do município. Acresce a este número uma quantidade reduzida de estudantes que, tendo acesso doméstico a estes dispositivos, têm de o partilhar com irmãos ou familiares em teletrabalho.

Face ao anúncio, feito pelo primeiro-ministro, António Costa, de que o ensino básico (do primeiro ao nono ano) prosseguirá com aulas à distância durante todo o terceiro período, aos alunos sem internet ou computador em casa é preciso, igualmente, garantir o direito à educação.

Com esse objetivo, foi objeto de decisão, esta quinta-feira, a proposta de mobilização de 30 mil de euros do orçamento municipal para a aquisição de computadores e routers 4g para responder às crianças e jovens mais vulneráveis do concelho da Batalha. A medida faz parte do “Programa para o ensino à distância nas escolas do Município da Batalha – NET ESCOLA”, desenvolvido na sequência da apresentação pela direção da Escoa da Batalha dos Planos de Ensino à Distância para o Pré-escolar, Ensino Básico e Secundário, que também prevê o reforço de equipamentos e formação para os docentes.

Para o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, este apoio tecnológico permitirá “assegurar que todos os alunos têm acesso a ferramentas que mitiguem os efeitos perversos da pandemia”, nomeadamente no que diz respeito ao “previsível aumento das desigualdades em contexto escolar”.

A opção do Governo pela telescola é “uma alternativa possível”, mas claramente “insuficiente para os alunos, que permanecerão numa situação de desigualdade perante os colegas com acesso a recursos digitais e interação regular com a escola e os professores”, refere o autarca local.

De igual forma, a decisão de suspensão das atividades letivas presenciais no 3.º período é motivo de preocupação para os pais e encarregados de educação que trabalham, uma vez que serão confrontados com a necessidade de acompanhar os filhos em casa, o que irá exigir uma “reavaliação nas formas de trabalho que as empresas têm de estar preparadas”, acrescenta o edil da Batalha, Paulo Santos.

O “Programa para o ensino à distância nas escolas do município da Batalha - NET ESCOLA”, encontra-se em implementação e também equaciona o apoio aos encarregados de educação no desafio do ensino e trabalho à distância, criando um pacote tecnológico (PC/Tablet + NET) a preços acessíveis e que permita ao agregado familiar com filhos em idade escolar adaptar-se ao desafio do ensino/trabalho à distância no concelho da Batalha.

+info:
www.batalhaonlife.pt
https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/comunicado?i=suspensao-das-atividades-letivas-presenciais-3-periodo